sexta-feira, 6 de abril de 2012

NASCEM OS ESTUDOS SOBRE CURRICULO:AS TEORIAS TRADICIONAIS - Resumo



Pós-Graduação em Ensino de Ciências – Mestrado Profissional
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá
Disciplina: Tendências Contemporâneas de Currículo
Professora: Rita de Cássia M. T. Stano
Aluno: Paulo Márcio Secundo dos Santos                        Itajubá,  09 março de 2012.
RESUMO
Nascem os estudos sobre currículo: as teorias tradicionais
Tomaz Tadeu da Silva
         A emergência do currículo como campo de estudos relaciona-se a formação de um corpo de especialistas sobre currículo, a formação de disciplinas sobre currículo e a institucionalização de setores educacionais. De um modo geral contudo, todas as teorias pedagógicas, antes da institucionalização do currículo, fizeram especulações sobre o currículo.
         O termo “curriculum” surge na literatura educacional norte-americana como campo especializado de estudos sobre a disciplina e a proposta pedagógica em geral. Em 1918 Bobbit, escreveu um livro que teorizava sobreo currículo adequado para a formação escolarizada das massa estadunidense e levando-se em conta a necessidade de ampliar a cobertura e a qualidade da educação em vista dos fatores econômicos, políticos e culturais que marcavam a sociedade norte-americana. Algumas questões marcavam as reflexões sobre a educação nesse momento: Quais os objetivos da educação escolarizada? O que ensinar? Quais as fontes do conhecimento? O que deve estar no centro do ensino? Em termos sociais quais devem ser as finalidades da educação?
         A resposta de Bobbit foi transferir para escola o modelo de organização econômico produtivo proposta por Taylor: eficiência, controle, produtividade, estabelecimento de objetivos e procedimentos a-priori.
         John Dewey, teórico da educação já havia proposto em 1902, uma proposta curricular que levasse em conta os interesses e vivencias dos alunos, uma educação como local para a prática direta da democracia. A proposta educacional de Dewey não influenciou tanto a de Bobbit nas teorizações sobre currículo, uma vez que esta última conferia a educação um caráter mais cientifico. Haja vista que definir e trabalhar com habilidades  e finalidades relacionadas com a vida ocupacional adulta era mais concreto do que explorar vivencias e interesses infantis.
         Para Bobbit a questão central do currículo era a organização e o especialistaem currículo tem uma função meramente burocrática (selecionar habilidades e relacioná-las as disciplinas). O conceito fundamental dessa concepção curricular é a de “desenvolvimento do currículo “como uma questão técnica.” O desenvolvimento de uma proposta curricular deveria promover a conquista de um padrão de domínio de determinadas habilidades que superasse a discrepância do nível de aprendizagem entre alunos de uma mesma série.
         Ralph Tyler(1949) dá prosseguimento aos eixos organização e desenvolvimento como princípios constitutivos do currículo. O modelo curricular proposto por Tyler responde a quatro questões básicas:1ª)Quais são os objetivos?(currículo), 2ª)Que experiências podem ser oferecidas? 3ª)Como organizar as experiências educacionais?(instrução)         4ª)Como verificar a aprendizagem?(avaliação)
         Tyler assegura ainda que os objetivos da educação podem ser buscados nos aprendizes, na vida contemporânea e nas contribuições das diversas disciplinas. Para definir os objetivos de forma coerente as contribuições das três fontes precisariam passar pelos filtros da filosofia social e da educacional para que a escola exerça um papel relevante e eficiente.
         Além disso, cada objetivo selecionado precisaria ser formulado como comportamento explícito a ser apropriado pelo aluno. Cada objetivo ou comportamento explícito ( na psicologia comportamentalista) se torna o padrão de referência(Bobbitt) segundo o qual a aprendizagem pode ser verificada.
         Os modelos curriculares tecnocrático (Bobbitt e Tyler) e progressista (Dewey) apuseram-se ao modelo curricular clássico e humanista, preocupado com uma formação enciclopédia, universalista e voltado para a memorização de obras literárias e artísticas. O tecnocrático denunciava a abstração e a inutilidade dos conhecimentos clássicos para a vida moderna. O currículo progressista insistia na valorização da psicologia infantil como orientadora da aprendizagem. O que jamais interessou ao modelo clássico.
         Essa contestação do currículo clássico humanista ocorreu com a democratização da educação escolarizada estadunidens.                       

        
        

2 comentários:

  1. Cuidado com a grafia das palavras...Nenhuma consideração acerca deste cenário exposto no resumo?(não esqueça as referências...)

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  2. Para ler e analisar/comparar:

    CURRÍCULO E QUESTÃO DA PÓS-MODERNIDADE

    http://www.scielo.br/pdf/cp/v35n126/a04n126.pdf

    Texto de GATTI, Bernardete A. Pesquisa, educação e pós-modernidade:confrontos e dilemas.Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 126, set./dez. 2005 599


    CURRÍCULO COMO PRÁXIS

    http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT12-2444--Int.pdf


    Texto CURRÍCULO PARA ALÉM DA PÓS-MODERNIDADE
    SILVA, Maria Aparecida da Silva

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